Em breve todos os aparelhos de ECG já calcularão a FC de forma automática, mas você precisa saber como ela é calculada para reconhecer quando a máquina errar.

Na realidade o cálculo é bem simples e segue alguns conceitos.

Conceito 1: A padronização do ECG é 25mm/s. Portanto, tenho que transformar esses mm em tempo, ou seja, em 1 minuto.

Padronização do ECG importante para o cálculo da FC

Agora que você já sabe que um minuto são 1500 mm, você precisa saber quantos batimentos, quantos QRS há em 1500 mm. Bastará você medir a distância entre dois QRS para saber de quanto em quanto tempo ocorre uma batida do coração.

Medindo a distância entre 2 QRS você estará medindo a distância entre dois batimentos cardíacos.

Conceito 2:  Se o ritmo for irregular é necessário contar vários intervalos RR ou o número de batidas do coração em um tempo maior.

10 segundos correspondem a 25 cm do papel de ECG
No D2 longo da maioria dos ECG temos 10 segundos registrados, ou seja, 250 mm.

Sugestão de especialista:

Se você não tiver como medir, ou se o papel estiver com o milimetrado apagado, use uma caneta, geralmente elas têm 15 cm.

Uma caneta comum tem 15 cm, logo, 6 segundos. Contando o número de QRS dentro de uma caneta e multiplicando por 10 você encontra a FC.

Motivos para o equipamento contar a FC de forma incorreta:

Os equipamentos são padronizados para contar a FC a partir dos QRS de D2 e pode ocorrer erro de contagem se:

  • o QRS é muito pequeno – subestima a FC porque não enxerga todos os QRS;
  • a onda T é muito grande – superestima a FC porque conta o QRS e a onda T como batimentos;
  • quando há marcapasso com espículas grandes – superestima a FC porque conta a espícula e o QRS como batimentos.

Sempre confira se o equipamento está contando os QRS corretamente, se não estiver você pode mudar a derivação padronizada para contagem da FC nas configurações do aparelho de eletrocardiografia.

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