DICAS PARA IDENTIFICAR E CORRIGIR DEFEITOS TÉCNICOS DO ECG.
É muito comum durante o registro do ECG encontrarmos algumas dificuldades para registrar um traçado limpo de interferências.
Existem 3 causas principais de interferência:
- Relacionadas ao paciente.
- Relacionadas a instalação e manutenção do aparelho de ECG.
- Influenciadas pelo local onde o ECG é realizado.
Os equipamentos mais modernos, como os ECG-PC (aparelhos de ECG conectados a computadores), são equipados com filtros que diminuem essas interferências.
Vamos te ensinar aqui um passo a passo de como resolvê-las caso alguma dessas interferências aconteçam quando você estiver realizando ou orientando a realização de um exame.
PRIMEIRO PASSO: Reconhecer os 3 tipos de interferência no traçado do ECG.

Tipo 1: Interferências ou linha de base tremida.
As principais causas são:
Eletrodos soltos.
Eletrodos fraturados.
Tensão muscular.
Paciente com frio e tremores.

Tipo 2: Linha de base Instável.
Movimentação do paciente.
Pele do paciente com sujidade.
Peras de sucção enferrujadas ou sujas.

Tipo 3: Interferência eletromagnética – 60Hz
Rede elétrica.
Proximidade com aparelhos de RX ou ultrassom ou elevadores.
Cama metálica sem aterramento.
Equipamento não aterrado.
Mal contado entre paciente e eletrodos.
Contato do paciente com materiais sintéticos com eletricidade estática como cobertores e roupas de lã.
SEGUNDO PASSO: Identificar a causa da interferência.
Uma vez identificada a causa da interferência devemos corrigi-la. Vale lembrar que as causas podem ser relacionadas ao paciente ansioso ou com frio, a algum problema na instalação e manutenção do aparelho ou ainda influenciadas pelo local onde o registro está sendo feito.
5 Dicas para você resolver os problemas técnicos e se livrar das interferências.
DICA 1: Explicar sobre o exame ao paciente e acalmá-lo evitará interferências relacionadas a tremores musculares.
DICA 2:Aquecer a sala em dias frios também evitará tremores musculares.
DICA 3: Limpar a pele do paciente e retirar o excesso de pelos dos locais de fixação dos eletrodos.
DICA 4: Verificar a limpeza, higienização e acondicionamento adequado do equipamento para conservar os cabos, fios e eletrodos. Essas medidas são uma prevenção de interferências devido a fraturas de cabos e sujidade no equipamento.
DICA 5: Escolha um local adequado para o exame, longe de equipamentos como ultrassonografia, raio X e elevadores.
Quando utilizar camas metálicas, preferir as com aterramento.
Evitar que o paciente permaneça em contato com a parede, cuja rede elétrica da mesma pode causar interferências.
Conectar o aparelho de ECG a uma rede elétrica com voltagem e aterramento adequados.
Lembrar de afastar do paciente excesso de roupas, agasalhos, cobertores e objetos metálicos como relógios, pulseiras, celulares, chaves e outros aparelhos eletrônicos.
Se após todos estes passos o registro continuar ruim, verificar se o problema está no seu aparelho de ECG e solicitar uma revisão e manutenção do equipamento.
Um traçado de ECG de qualidade auxilia no correto diagnóstico e tratamento do seu paciente.
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Os conteúdos do Portal do ECG são elaborados pela Dra. Virginia Braga Cerutti Pinto Cardiologista – RQE: 41.828 / Clínica Médica – RQE: 41.829 / CRM- SP: 117.977
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